segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A idosa.








Vinte anos atrás, eu ganhava a vida como motorista de táxi.

Encontrei pessoas cujas vidas surpreenderam-me, enobreceram-me, fizeram-me rir e chorar.

Nenhuma tocou-me mais do que a de uma velhinha que eu peguei tarde da noite, era Agosto.

Eu havia recebido uma chamada de um pequeno prédio de tijolinhos, de quatro andares, em uma rua tranqüila de um subúrbio da cidade.
Quando eu cheguei às 2:30 da madrugada, o prédio estava escuro, com exceção de uma única lâmpada acesa numa janela do térreo.
Assim, fui até a porta e bati.
"Um minuto", respondeu uma voz débil e idosa.
Uma octogenária pequenina apareceu.
Ao seu lado havia uma pequena valise de nylon.
Toda a mobília estava coberta por lençóis.
Não havia relógios, roupas ou utensílios sobre os móveis.
Eu peguei a mala e caminhei vagarosamente para o meio-fio, ela ficou agradecendo minha ajuda.
Quando embarcamos, ela deu-me o endereço e pediu :
-- O Senhor poderia ir pelo centro da cidade ?
-- Não é o trajeto mais curto, alertei-a prontamente.
-- Eu não me importo. Não estou com pressa, pois meu destino é um asilo de velhos.
Eu olhei pelo retrovisor.
Os olhos da velhinha estavam marejados, brilhando.
-- Eu não tenho mais família, continuou. O médico diz que tenho pouco tempo.
Eu, disfarçadamente, desliguei o taxímetro e perguntei :
-- Qual o caminho que a Senhora deseja que eu tome ?
Nas duas horas seguintes, nós dirigimos pela cidade.
Ela mostrou-me o edifício que havia, em certa ocasião, trabalhado como ascensorista.
Nós passamos pelas cercanias em que ela e o esposo tinham vivido como recém-casados; em outro, hoje um depósito de móveis, que havia sido um grande salão de dança que ela freqüentara quando mocinha.
De vez em quando, pedia-me para dirigir vagarosamente em frente a um edifício ou esquina - ficava então com os olhos fixos na escuridão, sem dizer nada.
Quando o primeiro raio de sol surgiu no horizonte, ela disse de repente:
-- Eu estou cansada. Vamos agora!
Viajamos, então, em silêncio, para o endereço que ela havia me dado.
Chegamos a uma casa de repouso.
Dois atendentes caminharam até o táxi, assim que ele parou.
Eu abri a mala do carro e levei a pequena valise para a porta.
A senhora já estava sentada em uma cadeira de rodas.
-- Quanto lhe devo? ela perguntou, pegando a bolsa.
-- Nada, respondi.
-- Você tem que ganhar a vida, meu jovem.
-- Há outros passageiros, respondi.
Quase sem pensar, eu curvei-me e dei-lhe um abraço.
Ela me envolveu comovidamente.
-- Você deu a esta velhinha bons momentos de alegria. Obrigada.
Apertei sua mão e caminhei no lusco-fusco da alvorada.
Atrás de mim uma porta foi fechada.
Era o som do término de uma vida.
Ao relembrar, não creio que eu jamais tenha feito algo mais importante na minha vida.
Nós estamos condicionados a pensar que nossas vidas giram em torno de grandes momentos.
Todavia, os pequenos momentos freqüentemente nos pegam desprevenidos e ficam maravilhosamente guardados em recantos que os outros podem considerar sem importância. "AS PESSOAS PODEM NÃO LEMBRAR EXATAMENTE O QUE VOCÊ FEZ, OU O QUE VOCÊ DISSE, MAS ELAS SEMPRE LEMBRARÃO DE COMO VOCÊ AS FEZ SENTIR".

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Dia do Palhaço






"Antigamente, quando o circo chegava às cidades, as crianças cantavam nas ruas: Hoje tem goiabada? Tem sim senhor! O palhaço o que é? É ladrão de mulher! Que história é essa? Ladrão de mulher? Nada disso. O palhaço é apenas o ladrão da tristeza, o mensageiro da alegria. Com seu nariz vermelho, seu colarinho folgado, a boca enorme, as botas desencontradas, uma em cada direção, ele transforma o mundo numa bola colorida que todos podem jogar, pobres e ricos, feios e bonitos."
Desejo a todos um dia alegre, colorido e feliz.
Carinhosamente,
Dô.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Mimos.


Olá, amigas!
Estou muito feliz por ter ganho este selinho da Lilinha e
repasso-o a todas(os) que passarem por aqui.
Para saberem as regrinhas visitem




Tenho esse selinho guardado há muito tempo.
Sinto-me muito bem tendo-o no meu blog por
isso, dispensado de quaisquer regras,
repasso-o com todas(os) que passarem por aqui.
Tenham uma abençoada semana.
Carinhosamente,
Dô. 

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Cães e gatos também doam sangue





- Manter bancos de sangue abastecidos não é apenas um problema humano, mas também afeta a saúde de animais de estimação. Segundo dados do Hospital Veterinário da Universidade Anhembi Morumbi cerca de 30% dos cães e gatos atendidos pelo hospital morrem por falta de doadores de sangue. Por isso, a Pet Society lança, em dezembro, campanha de doação de sangue para cachorros e gatos, em parceria com o hospital.


Anemia, tumores, doenças como insuficiência renal e leucemia, atropelamento e intoxicação por veneno são alguns dos problemas que podem levar os pets a necessitar de reposição sanguínea. "As pessoas, muitas vezes, desconhecem que o animal doente pode precisar de sangue, assim como os seres humanos", explica a coordenadora de marketing, da Pet Society, Cleiser Kurashima.


Doação simples


O processo para doação de sangue é bem simples. O dono do bichinho liga para o hospital e marca o dia e o horário para levá-lo. Chegando lá é coletada uma amostra de sangue para a realização de exames que demonstrarão como está a saúde geral do animal.


"Esta coleta é essencial para checarmos se o pet tem alguma doença que pode ser transmitida pelo sangue, como erliquiose (doença do carrapato), dirofilariose (verme do coração), leishmaniose e brucelose. Este diagnóstico miniminiza o risco da transmissão destas doenças e de efeitos colaterais do receptor", explica a médica veterinária Carolina Sultanum, do Hospital Veterinário da Universidade Anhembi Morumbi.


Após uma semana os resultados destes exames são entregues ao dono do pet constatando se seu bichinho é um potencial doador. Depois disso, é agendado um dia para a doação de sangue.


A equipe de coletores é coordenada pelo médico veterinário Márcio Moreira, responsável pelo Laboratório de Patologia Clínica e pelo Banco de Sangue do Hospital Veterinário da Universidade Anhembi Morumbi, e formada por alunos, residentes e pesquisadores.


O animal doador de sangue deve preencher os seguintes requisitos:


- Os cães devem pesar mais de 25kg;


- Gatos mais de 4kg;


- Devem estar com a vacinação, vermifugação e exames em dia;


- Não podem ter sofrido transfusões prévias;


- Faixa etária deve estar entre 1 e 8 anos;


Para agendar um exame, ligar para o Hospital Veterinário da Universidade Anhembi Morumbi: (11) 2790-4693.


Na sua cidade entre em contato com o  veterinário de sua confiança.